'Pra quê discutir com madame?'
Marc Fischer é jornalista alemão "infectado" pelo vírus da bossa nova depois que um amigo toca pra ele a quarta faixa do disco "chega de saudade" de João Gilberto, "ho-ba-la-la".
Fascinado com aquela música, ele tem um objetivo: se encontrar com o artista responsável por aquele som único. Ele vem ao Rio de Janeiro a procura de seu ídolo. O único problema é que este é um recluso dos mais extremos: João Gilberto quase nunca sai de casa, não dá entrevistas, não toca para ninguém a não ser para si mesmo - dez, doze horas por dia.
O que Fischer consegue é falar com aqueles que circularam ao redor de Gilberto: Miúcha - sua ex esposa - João Donato, Roberto Menescal e outros nomes importantes da mitológica história da música brasileira. Dessa forma ele se aproxima de João.
E agora? Nosso alemão vai conseguir realizar seu sonho? Fazer com que João Gilberto toque para ele - no próprio violão que o Marc Fischer traz ao Rio - a música "ho-ba-la-la"? Acompanhamos Fischer em suas aventuras pelo Rio, sua viagem à Diamantina onde Gilberto ficou na casa de uma irmã. Trancado dentro do banheiro com seu violão por dias, ele só sairia de lá com a "fórmula": seu estilo único que seduz gringos desavisados mundo a fora. ANTOLÓGICO.
domingo, 5 de agosto de 2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
persépolis (marjane satrapi); lendo lolita em teerã (azar nafisi)
O relato de Satrapi também cobre estes eventos, mas de uma
maneira um pouco mais bem humorada expondo o absurdo da situação onde as
pessoas eram revistadas em busca de qualquer indício contra a moral ou contato
com o decadente mundo ocidental (maquiagem, baralho). As duas dão um relato pessoal e sem detalhes
históricos, o que não leva a uma análise técnica do período, mas apresenta o
absurdo do totalitarismo seja ele de que viés ideológico ou religioso. A
anulação da individualidade como meio de controle e a imposição de valores. Antológico!
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