quinta-feira, 22 de abril de 2010

Leituras: Grande Sertão: Verdas - Nova Fronteira

Pronto. Confesso. Chorei relendo algumas passagens de Grande Sertão Veredas! Eu já li grande parte deste livro uns anos atrás, mas quase no final tive que abandonar a leitura por algum motivo. Mas não fiquei triste, porque sabia que iria ler e reler este livro muitas vezes. E então agora começo do começo e sem nenhum fio de dúvida declaro: é o livro mais bonito da literatura brasileira! Pelo menos do que eu já li até aqui!
A linguagem não é preciso nem comentar: "de primeiro eu fazia e mexia, e pensar não pensava. Não possuía os prazos. Vivi puxando difícil de difícel, peixe vivo no moquém: quem mói no asp'ro, não fantasêia..."
Este é o tipo de livro em que o vale é o sentir. Como diria Clarice Lispector "ou toca ou não toca". Ou você sente o livro e é levado por aqueles monólogos do personagem narrador ou ele te dá uma surra e você sai resmundando "quem livro chato, blá, blá,blá´".
Agora o mais bonito de tudo é a relação Riobaldo x Diadorim! Pro inferno com essas historinhas de amor vampiresco de Stephanie Meyer!! Pro diabo com isso! A história da fascinação de Riobaldo com Diadorim é o que eu chamo de uma verdadeira "love story":

"...Mas eu gostava dele, dia mais dia, mais gostava. Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia meu sossego...".

Mas pera aí...ele? Riobaldo não é jagunço e Diadorim também, cujo nome na verdade é Reinaldo?
Leia o livro amigo! Leia!!!

Três livros e muita história: Llosa, John Boyne e Chimamanda Adichie

Dois assuntos favoritíssimos da vida: literatura e história. O primeiro eu estudei formalmente na facul, apesar de ter lacunas muitos sér...